É surpreendente ver como o poder público trata algumas instituições sociais não valorizando seus trabalhos e nem tão pouco conhecendo as suas atividades. As associações se mantém muito mal com doações feitas pelo comercio, onde muitas vezes o próprio comerciante reclama (e com razão) dos impostos que são pagos por eles e que não são direcionados para os projetos sociais da cidade.
O Craque Só de Bola vem lutando para chamar a atenção do poder público municipal (Ipojuca) para viabilizar suas atividades, afinal o CSB foi criado justamente para cooperar na prevenção e no combate ao uso do "crack" no meio jovem.
Acontece que, quando se ouve sobre um projeto desportivo logo se pensa que é formado por um grupo de desocupados e que não querem nada com a vida. Não buscam conhecer os seus objetivos.
O dinheiro destinado as associações têm destino certo, ou seja, às próprias associações. O poder público não se importa em apoiar instituições que queiram colocar a "mão na massa", ou seja, alguns políticos não admitem que grupos sociais "se apoderem" das obrigações do governo. Acontece que as associações comunitárias ainda são os grupos que ainda dão ao cidadão o conhecimento dos seus direitos (e obrigações) que muitas vezes o próprio governo espera que a população não tenha esse conhecimento. É perigoso!
Quem está com a barriga cheia não via se preocupar com quem está com fome; quem tem seu teto e a sua cama quentinha não vai se preocupar com quem mora embaixo do viaduto.
O problema maior da nossa cultura é fazer algo quando já é tarde demais. Quem estava com fome e morreu não precisa mais de ajuda. Temos que abordar os temais sociais com mais seriedade e buscar "acordar" o poder público de que todas as associações querem apenas ajudar e precisam de sua credibilidade para que possam desenvolver seus trabalhos e, quem sabe, continuar salvando vidas.
Marcelo M. Francisco
Presidente / CSB Ipojuca
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