A IMPORTÂNCIA DE AJUDAR A CRIANÇAS A DESENVOLVER A TOLERÂNCIA À FRUSTRAÇÃO...
Regra geral, os pais querem propiciar aos filhos um ambiente onde sejam felizes e exista o mínimo possível de frustração.
Tentam criar um pequeno paraíso, uma r...edoma, onde tudo é permitido e todas as necessidades são prontamente satisfeitas. Raramente dizem não, dão tudo o que as crianças pedem, esforçam-se incansavelmente para que os filhos tenham sempre tudo às mãos.
Ao primeiro gemido, correm para atender. Ao primeiro “quero” correm para satisfazer….enfim…cada vez mais assistimos a uma superprotecção que acaba por não ser saudável nem para os pais nem para a criança, pois, no mundo real as coisas não são assim são tão fáceis...
Mais cedo ou mais tarde, a criança vai ter de se confrontar com a frustração e, aquelas crianças que foram sempre cuidadosamente poupadas de tudo, são exatamente as que mais sofrem diante de situações em que são contrariadas.
As crianças são seres que, pela sua fragilidade, nos impelem a sentir uma necessidade quase constante de protegê-las, poupá-las e mimá-las e, até certo ponto, é importante que seja assim….É suposto os adultos cuidarem e protegerem! No entanto, para que realmente exista um “cuidar” que é saudável, é fundamental encontrar um equilibro entre a protecção excessiva e, o cuidar, puro e simples! Caso contraio, a tentativa de evitar sofrimentos, vai acabar por produzir muito mais sofrimento no futuro.
Não significa que devamos deliberadamente impor sofrimentos…Isso seria absurdo! É importante é temos em mente que não podemos ceder a todos os desejos da criança…Cabe ao adulto”cuidador” explicar que não podemos ter todas as coisas que queremos, sob o risco de prejudicarmos o desenvolvimento emocional da criança.
O esporte ajuda a criança a combater suas frustrações e perdas, além de socializá-la. |
Se atendermos imediatamente os desejos dos nossos filhos, estamos apenas a contribuir para que sejam crianças com dificuldade em esperara sua vez, em respeitar o outro e, muito especificamente, a ensina-las a NÃO ter paciência, uma das características fundamentais para um crescimento emocional saudável. A paciência, a tolerância é treinável e podemos , com a nossa atitude, contribuir para que a criança desenvolva essa importante competência!
Uma criança que está habituada a ter tudo que quer não vai reagir bem a uma mudança radical de atitude..pode inclusive prejudicá-la..temos de ir com calma…Pode começar, por exemplo por em vez de lhe dar tudo o que pede na loja, dizer-lhe que ela só poderá escolher uma coisa. Explique de forma simples (adequada à criança e ao seu desenvolvimento) que não pode comprar tudo
Controle a sua culpa em dizer não…pense que, ao fazê-lo, está a ajudar o seu filho a crescer e a tornar-se um ser mais feliz, mais equilibrado e com maior facilidade em fazer amigos e criar melhores competências sociais. As crianças precisam de limites como um carro precisa de gasolina…sem imites…estagnam no seu amadurecimento emocional e não avançam, com todas as consequências dai decorrentes!
...Está provado cientificamente que uma criança que é criada com um adequado equilíbrio entre afecto e regras se sente mais amada do que uma criança que é educada de uma forma muito permissiva.
Basicamente a ideia a transmitir é que, obviamente, todos nós, pais, queremos dar tudo do bom e do melhor aos nossos filhos…o nosso desejo é vê-los constantemente felizes…o choro, a tristeza por perder um jogo, por não ter um brinquedo pedido, enfim a frustração, são formas de comportamento complicadas de gerir para todos nós pais. No entanto, se pensarmos que.um NÃO na hora certa é “esse bom” que tanto queremos dar-lhes…As coisas podem ser-nos mais fáceis!
Fátima Poucochinho
Psicóloga Infanto Juvenil
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