segunda-feira, 10 de junho de 2013

Esporte educacional e a formação humana

Muitos estudiosos, passando pela filosofia à psicologia, tem se debruçado para o entendimento da formação humana, analisando o comportamento social e pessoal dos indivíduos com o mundo e consigo mesmos. A psicologia educacional do esporte expressa seus pensamentos através de métodos de planejamentos pedagógicos com a ideia de humanização no processo de formação do ser que tem como objetivo intrínseco a continuidade de forma autônoma, tornando-a parte da personalidade do homem, mesmo este não sendo um atleta no futuro, mas os ensinamentos que o esporte lhe deu, o acompanhará ao longo de sua vida e mantendo vivo o cultivo para os seus espaços sociais e tomando conta de si, compreendendo a estrutura, dinâmica e interdependência através dos seguintes aspectos:

• Corporeidade
• Comportamento
• Impulsos
• Emoções
• Sentimentos
• Pensamento

O conceito de esporte educacional surge a partir da Carta Internacional da Educação Física, elaborada pela UNESCO, que renovou os conceitos do esporte em função da reação mundial pelo uso político do esporte durante a Guerra Fria.


No Brasil a prática do esporte educacional é bastante recente, iniciando-se alguns debates apenas em 1985, por ocasião dos Jogos Escolares Brasileiros (JEBs). Em 1993 a Lei 8672/1993 e o Decreto 981/1993 reforçam o conceito de esporte educacional ao afirmar que a hipercompetitividade e a alta seletividade invalidam a prática esportiva educacional que deverá promover os seguintes itens:

• Base de competência física e conhecimento das atividades físicas
• Crescimento e desenvolvimento
• Entendimento da importância de um estilo de vida saudável
• Autoestima positiva no contexto da Educação Física
• Habilidades que possam ajudar a resolver problemas cooperações com outros nos contextos do esporte e da atividade física
• Interesse ao longo da vida para um engajamento e afinidade para atividades físicas.

 

Princípio da Totalidade: a prática esportiva educacional deve fortalecer a unidade do homem consigo, com o outro e com o mundo, tendo como elementos indissociáveis a emoção a sensação, o pensamento e a intuição. Nesse princípio, os praticantes do esporte educacional deverão fortalecer o conhecimento, a auto-estima e a auto-superação, tudo isso desenvolvido dentro de um ambiente de respeito e preservação das individualidades.

Princípio da Co-Educação: o esporte educacional integra situações heterogêneas de sexo, idade, nível socioeconômico, condições físicas, etc. das pessoas envolvidas nas práticas esportivas.

Princípio da Emancipação: também introduzido nas atividades esportivas educacionais, busca levar os participantes a situações estimulantes de desenvolvimento da independência, autonomia e liberdade.

Princípio da Participação: estão todas as ações que levam os protagonistas do esporte educacional a interferir na realidade através da participação. Esse princípio compromissa os praticantes no campo social do esporte pelas vivências que essa participação oferece.

Princípio da Cooperação: ao registrar situações de individualismo, promove ações conjuntas para a realização de objetivos comuns durante a prática do esporte educacional.

Princípio do Regionalismo: remete os praticantes do esporte educacional a situações de respeito, proteção e valorização das raízes e heranças culturais.

No momento que o esporte educacional vem tornando um espaço mais legítimo na sociedade moderna na realização da educação das crianças e dos adolescentes e em um contexto psicológico estes têm que se transformar para a formação humana e na formação do sujeito ético.

Neste sentido conclui-se que o esporte é essencial para a formação de pessoas melhores, conscientes de um problema que se um dia vier a acontecer com ela ou alguém da sua família, com certeza saberá como enfrentar, tanto no aspecto físico como psicológico.

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