Apesar da resiliência também ser uma
característica pessoal, políticas e práticas educacionais podem reduzir a
vulnerabilidade dos estudantes, afirma o relatório. Foram tabulados os fatores
que mais influenciam nesse resultado positivo.
Um dos mais importantes é um bom
ambiente escolar, sem graves problemas de disciplina. Escolas com pouca
rotatividade de professores e atividades extraclasse têm mais resilientes.
Segundo o estudo, alunos pobres que estudam com colegas de classes sociais mais
altas têm mais chance de sucesso. Já a menor quantidade de alunos faltosos
ajuda, mas é menos significante. “Um clima em que os estudantes se sentem
seguros e apoiados por professores e colegas é crucial para o sucesso dos que
estão em desvantagem socioeconômica”, diz Avvisati.
Não foi encontrada qualquer relação
entre o número de computadores por aluno e outros recursos não humanos com a
maior resiliência. Classes menores também não têm influência. E meninas de
perfil socioeconômico baixo tem 9% menos chances de serem resilientes do que
meninos da mesma escola.
Nilton Fukuda / Estadão
Em Ipojuca, vemos as salas de aula lotadas, com 40/50 alunos, onde o professor tem que desenvolver ações que consigam fazer com que os alunos possam aprender no meio de barulho e falta de interesse por parte de alguns alunos.
É constatado que, boa parte das salas de aula das escolas públicas de Ipojuca, em torno de 50% dos alunos são advindos da zona rural. Esse percentual absurdo, acaba acarretando alguns problemas:
a) classes lotadas;
b) tráfego de ônibus escolares pela manhã, meio dia e a tarde;
c) índice de violência entre os alunos, entre a hora de largada da escola e a espera da saída do ônibus escolar;
d) famílias preocupadas com a saída dos filhos da zona rural para a zona urbana (os alunos têm que levantar mais cedo para pegar o ônibus escolar);
e) auto custo do transporte escolar (que poderia ser direcionado para outras ações na educação);
Esses e outros problemas poderiam ser evitados, caso houvessem núcleos escolares em pontos estratégicos na própria zona rural. Se houvesse um engenhos centralizados (aqueles engenhos mais perto de estradas de acesso), que absorvessem escolas estruturadas com quadra poliesportiva, biblioteca, professores incentivados, etc., com certeza os problemas citados não existiriam, dando aos professores da zona urbana maior condições de trabalho e, consequentemente, alunos mais resilientes.
Marcelo Francisco - Pedagogo
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