quarta-feira, 23 de maio de 2012

CRAQUE SÓ DE BOLA: INFRAERO

A coordenação da ONG Craque Só de Bola participou de uma palestra sobre PEDAGOGIA EMPRESARIAL, ministrada na INFRAERO em Recife. A palestra serviu como aprimoramento aos alunos e voluntários da ONG. "Foi uma oportunidade muito importante para ficarmos informados sobre as ações sociais e educacionais de um pedagogo na empresa", disse o coordenador do CSB, Marcelo Francisco.

Foto: Ana Maria, Professora Fajolca, Marcelo Francisco, coordenador CSB e Suelen Brayner, organizadora da palestra e professora de Estágio da Fajolca.

Tivemos a participação e o apoio da LUCK RECEPTIVO no translado de Ipojuca a INFRAERO. A Luck receptivo é uma das empresas que acreditam no trabalho da ONG Craque Só de Bola.



sexta-feira, 11 de maio de 2012

CRAQUE SÓ DE BOLA REALIZA PARCERIA COM ESCOLA PÚBLICA

Em busca de desenvolver melhor as suas atividades, a ONG Craque Só de Bola realiza parcerias com o poder público e privado para fortalecer os seus projetos e programas. Como é o caso das empresas de transportes como a MARTUR, BORBOREMA, LUCK RECEPTIVO e a POUSADA DA BRANCA, que "doam" uma viagem o mês para as atividades da ONG. 

Neste mês de maio o CSB fechou acordo com o Colégio Jesus Nazareno, no bairro de Nossa Senhora do Ó, em Ipojuca-PE. Com essa parceria, a ONG Craque Só de Bola fortalece as atividades lúdicas do programa Esporte e Educação, que visa desenvolver no jovem as áreas motora e cognitiva. "A escolha dessa parceria com a Escola Jesus Nazareno e o CSB, vem por causa da grande compatibilidade dos trabalhos entre as duas instituições e o grande compromisso que todos os profissionais da escola têm na questão da educação", afirma o coordenador do CSB, Marcelo Francisco.

A professora Zenilda, diretora da Escola Jesus Nazareno, aprovou a parceria com o CSB por ser uma ONG se fins lucrativos e políticos. O CSB iniciará seus trabalhos com atividades esportivas direcionadas a crianças e pré-adolescentes, entre 10 a 14 anos de idade dentro das atividades propostas da ESCOLA ABERTA, a qual a Escola Jesus Nazareno está incluída.  

terça-feira, 8 de maio de 2012

CENTRO DE ATIVIDADES OCUPACIONAIS

O Craque Só de Bola está buncando parcerias para implantar o Centro de Atividades Ocupacionais para crianças e adolescentes em Ipojuca. O centro de atividades fará parte da campanha de prevenção e de combate as drogas em Ipojuca. "O Centro de Atividades Ocupacionais visa fortalecer o programa de prevenção e de combate as drogas lícitas e ilícitas no meio jovem, ou seja, com a sua implantação poderemos realizar atividades direcionadas as crianças e aos adolescentes como, esportes, música, dança, etc. focando a ocupação do seu tempo e trabalhando ao mesmo tempo com a prevenção", afirma o coordenador, Marcelo Francisco.

O Centro de Atividades Ocupacionais será um ponto de referência para a escola e a saúde de um modo geral, porque prioriza atividades artisticas, físicas e cognitivas direcionadas aos jovens e por sua vez é aplicado em cada atividade a problemática das drogas. O espaço também será destinado aos professores que queiram aprender atividades ocupacionais e aplicar em sua sala de aula, bem como conhecer os malefícios das drogas lícitas e ilícitas.

A ONG Craque Só de Bola busca envolver suas ideias no dia a dia da comunidade, para que todos possam usufluir de seus resultados. Esperamos contar com parcerias e convênios do poder público e privado para tornar esse projeto em realidade.

CAPS II EM IPOJUCA

Foi inaugurado nesta terça-feira (08/05) a unidade do CAPS II (Centro de Apoio Psicossocial), no bairro de Camela, em Ipojuca-PE. O CAPS será destinado a pacientes com desturbios mentais e que precisem de atendimento diferenciado e não o internamento. No centro de apoio é realizado atividades ocupacionais que visam ajudar o tratamento do paciente, através de oficinas de arte, música, dança, dentre outros. O coordenador do CSB, Marcelo Francisco (funcionário público), foi convidado para ser um dos profissinais (na área administrativa) no formação do CAPS II.

A inauguração contou com a presença dos profissionais que irão trabalhar no CAPS II: enfermeiros, psicólogos, clínicos, que farão parte da equipe multiprofissional do centro de apoio. A Ong Craque Só de Bola parabeniza a iniciativa da prefeitura de Ipojuca e da secretaria de saúde pela aquisição do CAPS II PARA o município.

Mas aguardamos o CAPS-AD (Centro de Apoio Psicossocial / Alcool e Drogas) que é destinado a pacientes com transtornos derivados do uso abusivo do álcool e o usuário de drogas ilícitas. Segundo a secretaria de saúde, o CAPS-AD será implantado no Bairro de Nossa Senhora do Ó, em Ipojuca e buscará envolver não apenas o usuário como a família do mesmo, para que possa haver uma participação melhor em seu tratamento.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Alta mortalidade entre jovens usuários de crack no Brasil

Pessoas que abusam de substâncias lícitas ou ilícitas, incluindo o álcool, tabaco e heroína, apresentam maiores índices de mortalidade quando comparadas a indivíduos não usuários de substâncias. Muitas pesquisas têm sido realizadas enfocando outras drogas e pouco se sabe sobre a mortalidade em usuários de crack.

Neste estudo, realizado por pesquisadores brasileiros, foram investigados 131 pacientes dependentes de crack, admitidos para desintoxicação em um importante hospital público de São Paulo nos anos de 1992 a 1994 e que foram reavaliados 5 anos mais tarde.

Amostra, métodos e resultados:

A amostra foi predominantemente jovem (idade média de 23,6 anos), do sexo masculino (88,5%), cor branca (75%), solteira (67%), com baixo grau de escolaridade e desempregada (69%). Todos os indivíduos preencheram critério para diagnóstico de dependência de cocaína segundo o DSM-IV. Sessenta por cento da amostra era de usuários de crack há mais de um ano e 28,7% (n = 35) já havia feito uso injetável de alguma outra substância ilícita. Apenas dois pacientes relataram uso de heroína. Pouco menos de 50% dos pacientes tinham tratamento prévio.

Entre 1998 e 1999, 124 pessoas (94,6%) da amostra original foram encontradas (passado sem média 44,3 meses) e entrevistadas através de um questionário estruturado. Certificados de óbitos foram verificados por registros obtidos na repartição municipal responsável. Sete pacientes (5,4%) e suas famílias não puderam ser localizadas.

Dos 124 pacientes dos quais as informações estavam disponíveis, 23 (18,5%) tinham morrido, 3 foram vítimas de acidentes(2 morreram de overdose de cocaína e 1 de afogamento, 7 atribuídas a complicações infecciosas devido ao uso intravenoso de drogas (6 casos de AIDS e 1 de Hepatite B) e 13 foram mortos por ferimento por arma de fogo. Os atestados reportaram que essas últimas mortes foram resultados de brigas, punição pela dívida adquirida na compra da droga ou repressão policial.

A idade média para morte foi 27 anos. É possível que alguns desses pacientes que morreram de causas não relacionadas ao HIV fossem HIV positivo, mas esta informação não foi relatada nos certificados de óbito.

O índice de mortalidade, ajustado para sexo e idade, foi de 24.92 por 1000, enquanto que o índice de mortalidade por todas as causas esperado em São Paulo, também ajustado por sexo e idade, seria de 3.28 por 1000.

Dezessete variáveis foram testadas como prognóstico de mortalidade, entre elas: condições demográficas, nível de escolaridade, variáveis relacionadas ao uso de drogas, história criminal, história de tratamento ou admissão prévia em assistência psico-social. Três variáveis foram identificadas como preditoras de mortalidade: história de uso intravenoso de drogas, desemprego e dispensa prematura durante admissão.

Comentários:

Este é um dos primeiros estudos de mortalidade em usuários de crack. Estudos de seguimento nesta população são raros e tendem a não ter a mortalidade como foco principal de investigação, o que torna a comparação com outros dados limitada. O grupo que mais se aproxima, em termos comparativos, é o de usuários de opiáceos em que os estudos usualmente relatam taxas de mortalidade entre 6 e 22 mortes por 1000. Nos países em que estes estudos foram realizados, overdose, AIDS, acidentes e suicídios estiveram entre as principais causas de morte para indivíduos dependentes de opióides. Como o uso de opióides é extremamente raro no Brasil, não há índice de mortalidade correspondente disponível.

Neste estudo, o homicídio foi a principal causa de morte, somando 56% dos casos de morte. No estudo realizado por Hser, 19,5% das mortes foram decorrentes de homicídios, suicídios ou acidentes. Nos Estados Unidos, onde há um regulamento similar ao brasileiro para uso de armas, tem sido debatido que a violência emergente nas proximidades onde ocorre o tráfico de crack prediz um crescimento na taxa de homicídios.

Uma limitação deste estudo foi que a amostra estudada foi proveniente somente de um hospital em que são atendidos pacientes de todas as regiões da cidade de São Paulo e tido como um dos dois únicos hospitais com unidades especializadas em desintoxicação. Isso limita a generalização dos resultados. Os três preditores de morte identificados na análise estatística (dispensa hospitalar prematura, uso anterior de drogas injetáveis e desemprego) devem ser estudados futuramente em outros estudos, já que esses fatores podem auxiliar em mudanças futuras sobre novas formas de tratamento. É preciso elucidar o porquê alguns pacientes deixam o hospital prematuramente a fim de que possamos desenvolver serviços em que esses pacientes de alto risco se engajem no tratamento efetivamente. O fornecimento de agulhas tornou-se cada vez maior no Brasil, entretanto, no momento em que este estudo foi realizado esta prática ainda era ilegal. Essa intervenção provavelmente teria tido um impacto na incidência de novos casos de HIV entre os usuários de drogas intravenosas. O desemprego parece ser a chave para outras variáveis que estão mais diretamente relacionadas ao risco de morte em usuários de cocaína: por exemplo, a privação social. Na opinião dos autores, este e outros problemas sociais requerem soluções de ordem política.

Fonte: Albert Einstein

quarta-feira, 2 de maio de 2012

IBOGA: A DROGA QUE CURA O VÍCIO


Reportagem de Fausto Salvadori, Revista GALILEU de setembro/2010


IBOGA, é o nome da planta que é extraída a ibogaína, uma substância psicodélica que faz sonhar por 12 horas e é cada vez mais usada contra a dependência química.

Boa parte dos cientistas torce o nariz diante da idéia de se usar uma fortíssima droga psicodélica para se tratar dependentes químicos. Porém, o crescimento do número de terapias bem-sucedidas e o início de novos estudos deram mais credibilidade à prática. Um deles começou em julho (2010), conduzido pela Associação Multidisciplinar para Pesquisa de Psicodélicos (MAPS, na sigla em inglês), de Santa Cruz, na Califórnia. De acordo com a entidade, trata-se da primeira pesquisa sobre os efeitos de longo prazo da ibogaína na luta contra o vício. O levantamento é feito em cima de usuários de heroína, tratados com a droga por uma clínica do México, a Pangea Biomedics. O interesse dos pesquisadores surgiu após estudos que mostram os benefícios da prática. “Há cada vez mais aceitação por parte da comunidade científica”, afirma Randolph Hencken, diretor de comunicação MAPS.

A ibogaína é proibida em alguns países, por ser uma substância ainda em fase de teste. A primeira pesquisa brasileira no assunto estava prevista para iniciar em 2011, sob orientação do psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, coordenador do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (Proad) da Universidade Federal de São Paulo (Unifest). Ainda que os resultados sejam positivos, não há chance de cápsulas de ibogaína chegarem às farmácias tão cedo. “Sob estrita supervisão médica, a droga poderia se tornar um medicamento, mas custaria milhões de dólares em estudos e ainda não há investidores para tanto”, diz Hencken.

Ainda não se sabe ao certo como essa substância atua no combate à dependência, mas dezenas de pesquisas em animais e humanos indicam que age em dois níveis: tanto na química cerebral como na psicologia do dependente. Por um lado, a droga estimula a produção do hormônio GDNF, que promove a regeneração do tecido nervoso e estimula a criação de conexões neuronais. Isso permitiria reparar áreas do cérebro associadas à dependência, além de favorecer a produção de serotonina e dopamina, neurotransmissores responsáveis pelas sensações de bem-estar e prazer. Isso explicaria o desaparecimento da fissura relatado pelos dependentes logo após sair de uma sessão.

Na outra frente, a ibogaína promoveria uma espécie de psicoterapia intensiva ao fazer o paciente enxergar imagens da própria vida enquanto a mente fica lúcida. Estas visões não seriam alucinações, como as imagens de uma viagem de LSD. É como sonhar de olhos abertos, o que ajudaria os dependentes a identificar fatores que os teriam empurrado para as drogas em determinado momento da vida. Estudos nos Estados Unidos apontaram que as ondas cerebrais de um paciente que tomou ibogaína têm o mesmo comportamento daquelas de alguém em REM (a fase do sono em que sonhamos). “O sonho renova a mente e, se no sono comum temos apenas cinco minutos de sonho a cada duas horas, na ibocaína são 12 horas de sonho intensivo”, aponta o gastroenterologista Bruno Daniel Rasmussen Chaves, que estuda o tema desde 1994 e participará da pesquisa da Unifest.

Estudiosos e pacientes avisam: a droga não é uma poção mágica. Para se livrar da dependência, Wladimir Kosiski (paciente) aliou o tratamento à psicoterapia e mudança drástica de hábitos. Voltou a trabalhar, a estudar e nunca mais pisou no local onde comprava crack. “A ibogaína retira a fissura, mas a pessoa pode continuar a usar droga mesmo sem vontade, como alguém que estraga o regime por gula, não por fome”, afirma. Gilberto Luiz Goffi da Costa, 44 anos (paciente) só conseguiu permanecer “limpo” após a terceira vez que se tratou, em 2008, quando aliou a substância a uma troca completa de atitudes, seguindo o método dos Narcóticos Anônimos.

DESAFIOS

 Desde quando iniciamos a ACSB e 2008, sabíamos que não seria fácil colocar em prática as atividades esportivas que, na época (2008) tinha c...