segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

De aluno a professor: jovem conta como o esporte ajudou em sua educação

"O esporte faz você evoluir como pessoa e muda seu jeito de pensar". É no que acredita Jackson dos Santos, 26, professor de educação física que teve sua vida transformada ao entrar em contato com o esporte.
Com o sonho de ser atleta, aos 14 anos, Jackson foi apresentado ao Núcleo São Luiz, do Instituto Esporte e Educação. O projeto promove atividades esportivas como forma de transformar a realidade dos jovens da periferia.
Morador do Jardim São Luís, bairro da zona sul de São Paulo, Jackson conciliava a sua rotina escolar, na Escola Municipal Prof. Lourenço Manoel Sparapam, com as atividades do núcleo.
"Gostava muito de vôlei. Era um dos alunos que mais exigia dos professores. Eu atrapalhava as aulas, brigava com quem não sabia jogar", conta. Além de treinar, Jackson também tinha a oportunidade de ensinar outros colegas. "Não importava meu desempenho ou comportamento durante as aulas, sempre fui incentivado a ensinar", conta.

Essa motivação foi fundamental para Jackson decidir qual carreira seguir. "Eu aprendi que o esporte tem vários aspectos, não só a competição. Poderia formar pessoas, capacitá-las e incentivá-las", afirma.
Depois de concluir o ensino médio, Jackson combinava suas atividades no núcleo com o trabalho em uma rede de fast-food, quando surgiu uma oportunidade. "Um professor sugeriu que eu fizesse um processo seletivo para cursar educação física", explica.
Aprovado no vestibular, Jackson continuou no Núcleo São Luiz, mas como professor. "Comecei a trabalhar lá para pagar a faculdade. Como professor, você deve ter outra cabeça. Eu me sinto como um auxiliador, eu ajudo os alunos e faço com que eles reflitam sobre o que estão fazendo", conta.

Ciclo

Hoje já formado, Jackson ensina os alunos de uma escola particular em São Paulo, mas não abre mão de ajudar os jovens do Núcleo São Luiz. "O esporte amplia o seu olhar para as coisas. Faz você se sentir capaz de evoluir", explica.
Assim como aconteceu com ele, Jackson conta que incentiva os estudantes a procurarem o ensino superior. "Infelizmente a gente não pode ajudar todo mundo, mas o menino que chega aqui, a gente tenta ajudar por meio do esporte. Incentivamos estes jovens para que eles se sintam capacitados a se educar e procurar uma faculdade até mesmo pública", conta.
E o resultado do trabalho é positivo. "Tenho 12 alunos que estão na faculdade", afirma. Segundo ele, os cursos não ficam restritos à área de esporte, os alunos também procuram cursos como marketing e recursos humanos. "O esporte ensina que não podemos ficar parados neste momento, a gente deve evoluir. Sempre podemos treinar e melhorar", conclui. 
Hugo Araújo
Do UOL, em São Paulo

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Campanha pela leitura

Alguns dados estatísticos ajudam a nos explicar por que o nosso país padece desse mal. Um deles foi exposto na abertura do Seminário Internacional sobre Política Públicas do Livro e Regulação de Preço (realizado em Brasília) pelo ministro da Cultura, Juca Ferreira, quando ele disse que o Brasil não dá a importância necessária à leitura e que é uma vergonha o nosso índice de livros per capita ser de apenas 1,7 por ano.
O ministro defende que seja feita uma campanha de estímulo à leitura semelhante à contra a paralisia infantil. É por aí. Afinal, o índice de leitura brasileiro ser menor que o de países vizinhos mais pobres que o nosso é um “alerta vermelho” que soa há muito tempo, mas que nossas autoridades vêm ignorando.
O resultado dessa negligência vemos todos os dias na internet, em que a maioria dos assuntos mais comentados são impulsionados justamente pela falta de leitura acerca do que é discutido ou pela má interpretação de textos, de dados, de gráficos etc.

Enfim, o fato é que o Brasil nunca será uma “pátria educadora” se a leitura continuar sendo tratada como “disciplina de segunda classe”nos currículos escolares.
Outro fato: todos nós precisamos de uma educação de qualidade. Nós e eles, os “dimenor”. Todos. Sem exceção.
Esse “papo” de educação e estímulo à leitura desde a infância não vai resolver todos os nosso males, claro, mas a mudança passa por eles. Meu desejo é que os nossos distintos representantes despertem e comecem desde já a construir um país educador e uma sociedade justa com raízes fincadas na razão às próximas gerações.
Otimismo demais? Sim, necessitamos de um pouco de otimismo nesses tempos em que os debates públicos andam tão tresloucados.

Fonte: Luiz Guilherme Melo é jornalista e formado em Letras (Língua e Literatura Portuguesa) pela Universidade Federal do Amazonas

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Esporte e educação: caminhos para transformação e inclusão social

A educação que uma criança recebe em seus primeiros anos é um legado que é levado por toda sua vida. Cada ensinamento, por mais simples que seja, é a semente que irá brotar no coração dos futuros cidadãos de nossa sociedade. O esporte é um excelente caminho para a criança ocupar a mente e desenvolver o corpo. É essencial para o crescimento da criança como um todo. Uma criança que pratica esporte apende a trabalhar em equipe e compreende a importância do próximo no convívio social. 

O esporte tem a capacidade de integrar crianças e jovens das comunidades na sociedade, transformar suas vidas e reduzir os preconceitos e estereótipos. A prática esportiva faz com que tenham uma melhor autoestima e se sintam capazes e integrados socialmente. Quando um jovem sente-se fracassado na busca por um emprego, ou no aprendizado escolar, representa uma porta aberta para os caminhos errados, e o esporte, juntamente com a educação, evita que esse jovem tenha sua vida aliciada pelas vias do crime, oferecendo um futuro mais digno e humano. 


O Projeto Craque Só de Bola, tem como objetivo o fortalecimento social entre os seus participantes, que vem a utilizar o esporte (em nosso caso, o futebol) como ferramenta incentivadora de leitura e escrita, através do Projeto Clube da Leitura (Drible de Letra).


Os encontros do projeto de leitura funciona todas as terças e sextas-feiras, em dois horários: 09:00 e 14:00 horas, na Sede da Associação, em Ipojuca. As atividades esportivas funcionam as quartas-feiras, as 09:00 e as 14:00 horas, e aos sábados, das 07:00 às 11:00 horas.


Nem todos os alunos do Projeto Craque Só de Bola podem participar do Clube da Leitura, porque a grande maioria estudam em escola integral ou residem em outros bairros, não podendo arcar com o transporte três vezes na semana. 

Mas hoje conseguimos alcançar em torno de 25% dos alunos inscritos para participarem do projeto de leitura.


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Jogo Treino preparatório

No último sábado (20/02), o Espaço Futuro organizou um jogo treino entre o nosso Projeto Craque Só de Bola (CSB) e a Escolinha de Futebol do Águia Dourada, também da cidade de Ipojuca. O jogo treino faz parte dos preparativos para as competições do Campeonato Ipojucano e o Campeonato Pernambucano 2016. E apesar das grandes dificuldades para a participação do CSB nesses eventos esportivos, os trabalhos não podem parar.

Apesar de um sábado ensolarado, em torno dos 34º de temperatura, os jovens atletas das duas equipes fizeram uma boa apresentação. A equipe do Águia Dourada veio com a sua equipe do Sub 15 muito bem preparada, dando trabalho aos nossos alunos do sub 15, tendo um resultado favorável a equipe adversária: CSB 1 x 2 Águia dourada.

Já a categoria Sub 17 do CSB fez bonito e mostrando superioridade em campo, mesmo com duas ausências importantes para a equipe, venceu a partida por 3x0. "Cada amistoso nos mostra onde estamos errando e onde estamos acertando, nos dando uma visão mais ampla da equipe como um todo", afirma o Coordenador Geral do Projeto, Marcelo Francisco.



A grande decepção da partida foi que a nossa categoria sub 17 não jogou com uniforme de jogo, porque não há parceria que patrocine esse tipo de material. Esperamos que até o mês de julho possamos encontrar patrocínio, não só para o Sub 17 mas, também para as categorias Sub 13 e Sub 15. 

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Esporte e Educação

Cada vez mais os esportes vem revolucionando as escolas do país. A preocupação no ensino vem crescendo e uma maneira de incentivo aos nossos alunos é buscar o desenvolvimento nos esportes. Por isso, a importância do esporte na educação.

A prática esportiva como instrumento educacional visa o desenvolvimento integral das crianças, jovens e adolescentes, capacita o sujeito a lidar com suas necessidades, desejos e expectativas, bem como, com as necessidades, expectativas e desejos dos outros, de forma que o mesmo possa desenvolver as competências técnicas, sociais e comunicativas, essenciais para o seu processo de desenvolvimento individual e social.

O esporte, como instrumento pedagógico, precisa se integrar às finalidades gerais da educação, de desenvolvimento das individualidades, de formação para a cidadania e de orientação para a prática social. O campo pedagógico do Esporte é um campo aberto para a exploração de novos sentidos/significados, ou seja, permite que sejam explorados pela ação dos educandos envolvidos nas diferentes situações.

Além de ampliar o campo experimental do indivíduo, cria obrigações, estimula a personalidade intelectual e física e oferece chances reais de integração social. O Projeto Craque Só de Bola, do Espaço Futuro, vem unindo o esporte como incentivador e fortalecedor da leitura, através de um outro projeto, o Clube da Leitura, incluindo a leitura dentro do espaço esportivo.

Atletas se envolvem com a iniciativa do futebol como incentivador da leitura.

Como o esporte, de um modo geral, é uma linguagem jovem, consegue atingir crianças e adolescentes de todas as classes sociais, dando a oportunidade de unirmos o útil ao agradável. Com um número muito grande de analfabetos funcionais em nossa cidade, o Clube da Leitura vem a ser uma ferramenta de combate a esse grande mal, bem como, vem incluir o que o jovem mais gosta (esporte) com aquilo que ele necessita para o seu futuro (educação).

Vamos apoiar!

Por que lemos tão pouco no Brasil?

Todos os educadores sabem que a leitura fortalece o vocabulário de quem ler, fortalece a imaginação, sem falar que aumenta a capacidade de raciocínio, etc. Mas por que os brasileiros leem tão pouco? Segundo pesquisas, a média de leitura anual dos brasileiros (com aqueles que realmente leem) são de três livros por ano, enquanto os franceses leem 11 livros ao ano. Uma grande diferença.

Acontece que na França e em outros países na Europa, a cultura de ler é passada de pai para filho, ou seja, os pais e a família passam para suas crianças que ler é bom e, consequentemente, essas crianças ao crescerem e se casarem, passam para os seus filhos. Infelizmente isso não acontece na maioria das famílias do Brasil.

Na própria escola brasileira, a maioria dos professores não gostam de ler. O que é um absurdo, porque imaginamos um professor ou professora incentivando as crianças a valorizarem uma boa leitura e posteriormente, vermos nossas crianças mais informadas, com a imaginação solta e um vocabulário rico. Mas não é o que acontece no Brasil. Por causa da falta de uma cultura de leitura, vemos um grande número de jovens se transformando em "analfabetos funcionais", que sabem ler e escrever mas não conseguem interpretar o que está lendo ou mesmo não conseguindo construir uma simples frase em um bilhete, por exemplo.



A FALHA DA FAMÍLIA:

Tudo o que a criança aprende tem como base a família em que ela está inserida. Costumes, maneira de falar, maneira de agir, etc. E não seria diferente se na casa de uma família, onde o pai e a mãe foram educados a gostarem de ler, repassassem essa mesma educação para os seus filhos. A maioria das pessoas que gostam de ler são pessoas que:

a) Os pais sempre liam para eles quando criança;
b) Os pais sempre os levavam para uma biblioteca ou livraria;
c) Eles sempre viam seus pais lendo em casa (jornal, revista, etc);
d) Os seus pais sempre os incentivavam a escrever cartinha, bilhetes, etc;
e) Buscavam informações se as escolas trabalhavam com algum projeto de leitura, etc.

Com certeza, essas e outras dicas, farão com que nossas crianças possam ser futuros leitores. Mas nunca é tarde para começar.

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Se preparando para os eventos esportivos

Após o feriadão de Carnaval, os alunos do Projeto Craque Só de Bola, retornaram às atividades esportivas, com as categorias sub 13, sub 15 e sub 17, no Estádio de Futebol Antônio Dourado Neto, em Ipojuca-PE. Todos estão se preparando para os dois principais eventos esportivos de 2016: 

1) Campeonato Ipojucano sub 13 e sub 15 e;
2) Campeonato Pernambucano sub 15 e sub 17.

Para tanto, o projeto busca parcerias para patrocinar o que for necessário para a participação nesses eventos. "Não é fácil conseguirmos apoio para que os nossos jovens alunos possam participar de uma maneira digna desses eventos esportivos, mas temos certeza de que podemos encontrar quem apoie, só falta que essas pessoas ou instituições conheçam o projeto", declara o Coordenador Pedagógico do Projeto, Marcelo Francisco.


Para participar de uma competição local, por mais simples que seja, sempre há necessidades para que se possa dar aos jovens atletas o mínimo de estrutura. O que segue abaixo, mostra o que se precisa para que uma equipe competitiva precisa para estar pronta para uma competição, além, é claro, de uma boa equipe de futebol:

a) Aluguel de transporte;
b) Uniformes para jogos;
c) Material esportivo durante os dias de jogos: bolas, chuteiras...;
d) Alimentação adequada após os jogos;
e) Participação de equipe de apoio: preparador físico e de goleiros, massagista, enfermeiro (a);
f) Medicação; etc.


Mas essa parceria pode ser dividida em várias parcerias. Empresas de transportes podes "doar" viagens para os locais de jogos; lojas podem conseguir preços abaixo do mercado para  aquisição de material esportivo; etc. Por isso que as parcerias são importantes. 


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Os desafios do combate ao analfabetismo funcional

Letrar os cidadãos é fundamental para que não se amplie o contingente de excluídos do mercado de trabalho e das oportunidades criadas pela estabilidade econômica



O combate ao analfabetismo funcional não fez parte dos discursos de posse dos novos prefeitos, mas deveria ser prioridade das políticas públicas municipais. Mesmo que programas educacionais mais amplos dependam de iniciativas da União, é das comunidades, por dever constitucional, a tarefa de identificar e levar adiante ações que pelo menos reduzam o número de pessoas que leem, escrevem e fazem operações matemáticas precariamente – ou nem mesmo isso sabem fazer.
Os dados disponíveis seriam suficientes para inspirar os administradores municipais. Há uma década, o índice de cidadãos brasileiros considerados plenamente alfabetizados permanece inalterado: apenas 26% da população total, segundo o Indicador de Analfabetismo Funcional, levantado pelo Instituto Paulo Montenegro e pela ONG Ação Educativa, de São Paulo.

É constrangedor, para um país que pretende se alinhar às potências mundiais, o descaso com o que há de mais elementar para que, a partir desse aprendizado, alguém possa almejar ao menos uma formação básica. Há avanços, mas ainda modestos, que contrariam todas as previsões feitas a partir do final dos anos 1990, quando se chegou a criar a expectativa de que em pouco tempo o Brasil não mais teria analfabetos.
O país continua sendo iludido por programas que resultam no que se convenciona ser o analfabetismo funcional. É quando alguém aparentemente alfabetizado é capaz de ler e até de juntar palavras, mas sem que isso tenha o sentido de uma leitura ou de uma escrita. O analfabeto funcional é também incapaz de realizar operações matemáticas.

Para erradicar o analfabetismo absoluto nos próximos 10 anos e reduzir pela metade o número de analfabetos funcionais, como prevê o Plano Nacional de Educação, é preciso melhorar consideravelmente a qualidade do ensino regular, pois muitos dos que leem e escrevem precariamente frequentaram formalmente a escola.
Alfabetizar e assegurar o acesso ao Ensino Fundamental são iniciativas que estão muito além das questões específicas da educação. São fundamentalmente ações de política social, para que não se amplie o contingente de excluídos do mercado de trabalho e das oportunidades criadas pela estabilidade econômica.

Texto: Clic RBS

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Pós Carnaval

Nesta quarta-feira (10/02), o Espaço Futuro voltou com suas atividades, começando com o Projeto Craque Só de Bola, com a categoria sub 10, com atividade na quadra poliesportiva Ednilson Santana, em Ipojuca. a atividade reabre as ações do projeto após o feriadão do Carnaval. "Um dos nossos objetivos é incluir ações que possam ser praticadas durante os finais de semana, férias e feriados, dando assim aos jovens, opções de recreação", diz o Coordenador Pedagógico do Espaço Futuro, Marcelo Francisco.

O Espaço Futuro prima pela qualidade de suas ações, dando a oportunidade aos alunos de entender a importância de uma recreação saudável.

Alunos em recreação no campo de futebol de Porto de Galinhas.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Volta às aulas.

Para a maioria dos alunos, hoje (02 de fevereiro) é o retorno a escola, onde revemos os amigos e os professores. No Brasil, na realidade, os estudos começam após o Carnaval. Na maioria das escolas públicas, as aulas iniciam na quarta-feira, dia 03 de fevereiro, mas muitos preferem voltar à escola apenas depois do Carnaval.

Mas o que mais importa é que as aulas estarão de volta e que todos os colegas voltarão a se ver e a compartilhar suas aventuras e brincadeiras das férias. Não importa o quanto alguns não gostem de estudar ou não admiram alguns professores. O que importa é que a escola ainda é o melhor lugar para se socializar e dividir o aprendizado com os outros colegas.


DESAFIOS

 Desde quando iniciamos a ACSB e 2008, sabíamos que não seria fácil colocar em prática as atividades esportivas que, na época (2008) tinha c...