Quatro atletas competem em Londres de forma independente, sem país. Três são das Antilhas Holandesas (Reginal de Windt, judô; Liemarvin Bonevacia, 400m rasos; Philipine van Aanholt, vela) e um do Sudão do Sul (Guor Marial, maratona) . As Antilhas foram reanexadas à Holanda em 2011, já os sudaneses do sul ainda não tem um Comitê Olímpico organizado, reconhecido pelo COI. Os quatro competem pela sigla: IOA (Atleta Olímpico Independente, em inglês).
Há ainda uma quinta atleta, de Kosovo (país dos Bálcãs cuja maior parte da população é de etnia albanesa). É a judoca Majlinda Kelmendi, que optou por lutar pela vizinha Albânia, já que não foi organizado um Comitê Olímpico Kosovar.
O judoca antilhano, de Windt (foto, nascido em Curaçao, a maior ilha das Antilhas), diz que não vê mal nenhum nisso, que os atletas deveriam competir sem país e que esporte tem que existir sem política. Ora, se isso acontecesse iria contra um dos princípio dos Jogos Olímpicos, o da trégua enquanto acontecem as competições. Se não existem Estados-Nação, não há porque ter trégua. O propósito dos jogos ficaria vazio. Não existiriam interesses individuais, comerciais, financeiros e sobretudo, desportivos. Não haveria mercado consumidor para os Jogos Olímpicos. Nesse caso, o mercado consumidor é o torcedor de cada País. Ou então, seria assim:
“Vou nadar pelo espírito Olímpico.”
“A luta unicamente pela excelência humana.”
Oh, que lindo!
Que romântico!
Já dizia o Prof Gustavo Pires: “Fair-play é uma treta!”
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