terça-feira, 15 de março de 2016

HIPERATIVIDADE

Há momentos em que não é fácil manter os filhos calmos. Mesmo sabendo que crianças são muito ativas por natureza, algumas são hiperativas: são mais irriquietas que a média e menos capazes de se concentrar e prestar atenção. Vamos explicar nesse artigo algumas características para que você possa descobrir se o seu filho é uma criança hiperativa. 
A hiperatividade é mais comum entre os meninos.

Quando ainda são pequenos, tendem a correr por todas as partes e subir em árvores; brincam no parque, nas cadeiras, poltronas, com tudo o que podem alcançar. Quando são maiores, mostram impaciência para sair continuamente de casa, ficam nervosos e até causam frequentes problemas dentro do lar. Seu estado de ânimo é brusco e intenso, e sempre estão agitados. Quando assistem televisão, movimentam as pernas, estalam os dedos e se arranham sem razão. Não esperam sua vez na hora de comer ou quando aguardam algo. Sempre dizem o que pensam e não se reprimem, por exemplo, quando gostam de alguma coisa, podendo repetir a mesma coisa diversas vezes.

De acordo com o pediatra britânico George Still, a hiperatividade é um transtorno no comportamento das crianças, que desenvolvem uma intensa atividade motora sem objetivo, vão de um lugar a outro, fazem uma coisa e a deixam para fazer outra, sem terminar nenhuma delas. Não parecem preocupados com as consequências de suas ações. São barulhentos e obstinados e, por conseguinte, padecem de uma grande falta de atenção e não controlam  seus impulsos.

A hiperatividade aumenta quando a criança está em contato com pessoas que não conhecem e pode atingir até 3% das crianças menores de 7 anos. É dez vezes mais comum em meninos do que meninas. Segundo Still, são crianças insensíveis aos castigos, portanto difíceis de educar e controlar. Na escola, apesar de sua vontade de serem bons alunos, tendem a ser incapazes de manter a atenção na aula, por isso frequentemente têm baixo rendimento escolar. Insistem muito para conseguir o que querem, não suportam que os contradigam, não sendo raras as birras, choros,  gritarias e até golpes. Apesar de não serem bons estudantes, são bons em aulas de ginástica ou ofícios, já que são teimosos e têm pouca tolerância à frustração, de modo que estas atividades lhes fazem bem algumas vezes.
Existem alguns indicadores de acordo com a idade de seus filhos para saber se são hiperativos. Durante o nascimento até os 2 anos, eles podem ter problemas com o sono, horários das refeições e resistência aos cuidados como a troca de fraldas. Assustam-se ao acordar e ao escutar ruídos estranhos. De 2 a 5 anos, eles já ficam ainda mais ativos, têm problemas com a linguagem expressiva, possuem pouca consciência de perigo e sofrem muitos acidentes. Já entre os 5 e 7 anos, surgem as dificuldades para para se adaptarem na escola: desobedecem e são birrentos, não prestam atenção e têm problemas de adaptação social.

O tratamento adequado para seu filho dependerá de cada caso. Existem medicamentos que servem para ajudá-lo a se concentrar. Um terapeuta pode ajudá-lo a conviver adequadamente com seus companheiros e com a família. Após os 7 anos, a criança é capaz de se auto-controlar com este tipo de ajuda, sendo muito importante que você como mãe não a repreenda constantemente para evitar problemas com sua autoestima, já que ao criticar tudo o que faz, a criança pode pensar que ela  é um problema para você e só receberá repreensões todo o tempo. Você é o seu apoio incondicional, por isso converse com ele e use o seu nível de linguagem para que entenda facilmente este assunto. Se seu filho lhe fizer perguntas como por que não tira boas notas ou se esquece das coisas, explique o que está acontecendo sem receio, vsto que isso o ajudará a compreender sua situação e corrigir suas ações.

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