sexta-feira, 22 de abril de 2016

O que leva o jovem às drogas?

A psicóloga Rosely Sayão nos fala que, tempos atrás, a família era o principal motivo de os jovens procurar as drogas: culpavam-se "as dificuldades no relacionamento familiar, a falta de diálogo, os vínculos desfeitos, o autoritarismo educacional, as perdas precoces e toda uma gama de causas familiares que poderiam explicar a busca do jovem pelas drogas". Porém, hoje ela diz "essa resposta já não convence". Isso porque, atualmente, temos todo tipo de família, de educação, de vínculos, de rompimentos, etc. Claro que a família influencia, e muito, no comportamento do jovem. "Mas tais influências não são, necessariamente, determinantes ou causais", no que diz respeito às drogas, prossegue Sayão. Pois "agora, já não temos mais um único culpado". Vários são os caminhos que conduzem o jovem para o mundo das drogas. Para a experiente psicóloga, os jovens experimentam ou irão experimentar drogas por um motivo bem mais simples: "as drogas existem, são oferecidas e estão por aí". Ou seja, a primeira e a mais forte razão que leva um jovem hoje a usar drogas é a oferta abundante dessa substância, que pode ser facilmente encontrada nas ruas e em todo tipo de festa. 

Outro motivo que tem levado os jovens às drogas, apontado pela psicóloga, é "a dificuldade dos mais novos para enfrentar situações difíceis, com obstáculos que exigem esforço e perseverança". As crianças têm sido demasiadamente poupadas (pelos pais, principalmente, e pelas escolas, também) dos sofrimentos que fazem parte da vida. Dessa forma, para Sayão, as crianças "não desenvolvem recurso algum do qual possam lançar mão quando necessário". Ou seja, as crianças e os adolescentes "poderiam se angustiar, sofrer, amadurecer, errar, mudar o rumo. Mas (pela superproteção vinda dos pais e das escolas) o percurso mais fácil parece ser o de se anestesiar", isto é, tentar sempre preservar os menores dos problemas que eles têm que enfrentar. Ocorre que, no parecer da psicóloga, "as drogas, além de oferecer atrativos convincentes, têm esta serventia também: a de livrar de um sofrimento, de uma situação difícil. Por isso, hoje, qualquer jovem pode usar ou abusar das drogas (como meio de esconder o seu sofrimento). Talvez, se pudessem enfrentar os sofrimentos característicos da infância - uma rejeição, uma exclusão, uma frustração, um tropeço -, a escolha desse caminho [DAS DROGAS] na adolescência poderia não ser tão óbvia, não é verdade?", diz Sayão. Em resumo, em resposta ao título do texto, o que mais tem levado os jovens às drogas é a sua oferta abundante, o que exige um maior controle dos pais, por exemplo, sobre onde seu filho está, com quem ele anda, que horas ele chega em casa. Também a superproteção de muitos pais de hoje que não deixam seus filhos encarar qualquer tipo de sofrimento normal de uma pessoa em desenvolvimento, preferindo sempre anestesiá-los, sentimentalmente. Papel que as drogas continuarão a fazer depois, na adolescência, mas de uma forma arrasadora para a vida de nossos jovens.

EVANDRO PELARIN - Juiz de Direito da Infância e Juventude de Fernandópolis.

domingo, 17 de abril de 2016

Projeto Catavento contra o Trabalho Infantil

O Projeto Catavento mais uma ação da ONG Craque Só de Bola e tem como objetivo a luta contra a inserção da criança no trabalho infantil. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) diz que, menores de 12 anos de idade não podem ser inseridos no mercado de trabalho; jovens a partir dos 13 aos de idade só podem serem inseridos no mercado de trabalho autorizado pela justiça e mesmo assim inserido como aprendiz, não podendo participar de atividade de auto risco ou auto esforço, apenas como observador.

Infelizmente não é o que acontece em algumas cidades do Brasil. Muitas crianças, principalmente meninos, são submetidos a trabalhos que comprometem seu desenvolvimento como pessoa, roubando da criança o seu direito de brincar e de se desenvolver para se tornar um cidadão. O ato de brincar, dar a criança o sentimento exclusivo da infância que a transforma no futuro em um adulto sadio e sem rancor. Muitos pais exigem que seus filhos iniciem o trabalho na mais tenra idade, por dois motivos:

1) Por dificuldades financeiras, onde a criança se torna mais uma fonte de renda; e
2) Por capricho dos pais, que pensam que, desta maneira, o seu filho aprenderá a ser mais forte na vida e a valorizar o dinheiro.


sábado, 16 de abril de 2016

Ipojuca A. Clube realiza "Peneira"

No próximo sábado, dia 23 de abril, no Estádio Antônio Dourado Neto, em Ipojuca, a Coordenação de Base do Ipojuca Atlético Clube realiza "peneira" para a formação das categorias sub 15 (2001 e 2002) e o sub 17 (1999 e 2000).  Os trabalhos do sub 17 já iniciaram e o treinador Jorge Firmino, juntamente com a Coordenação de base, receberá alguns atletas advindos de outras equipes também no sábado, dia 23, a partir das 15:00 horas.

Já a categoria sub 15 estará realizando avaliação as 09:00 horas, no mesmo dia e local. O objetivo é formar o elenco das duas categorias para a participação do Campeonato Pernambucano de Futebol de Base 2016, realizado pela Federação Pernambucana de Futebol. As inscrições para a "peneira" é inteiramente grátis.

Com a parceria entre a Associação Craque Só de Bola, o Ipojuca Atlético Clube receberá também os alunos do CSB para serem avaliados por causa dos últimos resultados positivos da equipe: campeão Ipojucano sub 15 invicto e Vice Campeão da Copa Porto de Futebol de Base, realizada no último dia 03 de abril, em Caruaru. Também serão convidados atletas de outras escolinha e projetos esportivos de Ipojuca.


segunda-feira, 11 de abril de 2016

Encaminhando os atletas

Com o objetivo de encaminhar os nossos jovens atletas para que possam alcançar seus sonhos de serem jogadores de futebol, o Projeto Craque Só de Bola fecha parceria com a equipe do Ipojuca Atlético Clube (equipe afiliada a Federação Pernambucana de Futebol e a CBF). O objetivo é formar e preservar as categorias de base do Ipojuca, através dos alunos do CSB e de outros projetos esportivos. O que ainda os orgulha é que o Coordenador de Projetos da ACSB, Marcelo Francisco, foi convidado pelo Ipojuca A. Clube para ser o seu Coordenador de Base.

"O trabalho não será fácil, mas contaremos com o apoio de Deus e dos futuros parceiros para apoiarem esse grande projeto que é a formação da categoria de base do Ipojuca A. Clube", diz Marcelo Francisco.


Os trabalhos de avaliação terão início no sábado, dia 23 de abril, no Estádio Antônio Dourado Neto, em Ipojuca, a partir das 09:00 horas. Neste dia serão avaliados atletas nascidos em 2000 e 2001, para ingressarem na categoria sub 15 do Ipojuca Atlético Clube.

O principal objetivo é formar uma equipe competitiva para participarem do Campeonato Pernambucano de Futebol de Base, que acontecerá em meados de agosto deste ano.

Mas as ações do CSB (Craque Só de bola) continuará com as atividades esportivas e educacionais direcionadas a crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos de idade.





Paralelo ao trabalho esportivo, a Associação Craque Só de Bola, em parceria com o Ipojuca Atlético Clube, participa do Projeto Drible de Letra, que é uma ramificação do Projeto Clube da Leitura, que busca incentivar o jovem atleta ao hábito da leitura, fortalecendo assim o seu vocabulário e a sua escrita.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

ANALFABETO FUNCIONAL: UMA REALIDADE TRISTE DO BRASIL

O analfabetismo funcional está relacionado com a dificuldade de compreensão de textos, muito embora o indivíduo seja tecnicamente alfabetizado.

Você sabe o que é analfabetismo funcional?
São chamados de analfabetos funcionais os indivíduos que, embora saibam reconhecer letras e números, são incapazes de compreender textos simples, bem como realizar operações matemáticas mais elaboradas. No Brasil, conforme pesquisa feita pelo Instituto Pró-Livro, 50% dos entrevistados declararam não ler livros por não conseguirem compreender seu conteúdo, embora sejam tecnicamente alfabetizados. Outra pesquisa, realizada pelo Instituto Paulo Montenegro e pela Ação Educativa, revelou dados da oitava edição do Indicador de Analfabetismo Funcional, o Inaf, cujos resultados são alarmantes.
De acordo com o Inaf, a alfabetização pode ser classificada em quatro níveis: analfabetos, alfabetizados em nível rudimentar (ambos considerados analfabetos funcionais), alfabetizados em nível básico e alfabetizados em nível pleno (esses dois últimos considerados indivíduos alfabetizados funcionalmente). Conforme a pesquisa, que aplica um teste avaliando as habilidades de leitura, escrita e Matemática, o domínio pleno da leitura vem sofrendo queda entre todos os entrevistados, tendo eles concluído o Ensino Fundamental ou o Ensino Superior. Os dados mostram que o problema do analfabetismo funcional deve ser levado a sério, pois a dificuldade de compreensão dos gêneros textuais, mesmos os mais simples e mais acessados no cotidiano, prejudica o desenvolvimento intelectual, pessoal e profissional do indivíduo.

Embora o número de analfabetos tenha diminuído no Brasil nos últimos quinze anos, o analfabetismo funcional ainda é um fantasma que atinge até mesmo estudantes que frequentam o ensino superior, desfazendo o mito de que ele estaria intrinsecamente relacionado à baixa escolaridade. As pesquisas desenvolvidas sobre o índice de analfabetismo funcional no país são de extrema importância, já que promovem o debate entre diversos grupos sociais responsáveis por desenvolver um novo parâmetro educacional a partir da discussão das causas e efeitos do Inaf.
Desenvolver métodos que priorizem o letramento é fundamental para que o analfabetismo funcional seja superado, e para isso é inquestionável a importância do trabalho conjunto entre pais e professores. Engana-se quem acredita que cabe somente à escola o papel de alfabetizar e letrar, visto que o letramento é uma prática presente em diversas situações do cotidiano, envolvendo não apenas a leitura tecnicista de textos, mas também o desenvolvimento da criticidade e capacidade de elaborar opiniões próprias diante dos conteúdos acessados. A aprendizagem deve ser universalizada, propiciando assim que todos os leitores atinjam o nível pleno da alfabetização funcional.

Por Luana Castro
Graduada em Letras
(Brasil Escola)
Projeto Drible de Letra contra o Analfabetismo Funcional
É de conhecimento de todos que os brasileiros não gostam (ou não foram incentivados) de ler, pelo menos a maioria dos brasileiros. O que vemos é que "a escola ensina a ler, mas não ensina a gostar de ler", afirma  Marcelo M. Francisco, Coordenador Pedagógico da ACSB e Graduado em Pedagogia. "Sofremos da falta de leitura desde a infância, quando os pais liam para as crianças antes de dormirem; era um momento onde a criança usava a sua imaginação ao ouvir os nomes dos personagens, ao mesmo tempo em que o pai ou a mãe, contando a estória, imitava as vozes dos personagens para que as crianças pudessem dar mais atenção até dormirem", completa Marcelo Francisco.
Com o projeto DRIBLE DE LETRA, podemos usar o esporte como incentivador da leitura. As ações são divididas nos dias de atividades esportivas e os dias de atividades de leitura. Para tanto, o projeto deve ter duas áreas distintas: material esportivo e uma pequena biblioteca para que os encontros de leitura sejam realizados em um ambiente educativo.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

CSB é Vice Campeão da Copa Porto de Futebol de Base Sub 15

Neste domingo, dia 03 de abril, o Projeto Craque Só de Bola (CSB) de Ipojuca, participou da Copa Porto de Futebol de Base, na cidade de Caruaru. Com duas categorias participantes (sub 15 e sub 17) realizou bons resultados. O Sub 17 não conseguiu se classificar para a final, mas a categoria sub 15 conseguiu ir para a final da categoria contra a equipe de Bonito e nos penaltis consagrando-se o Vice Campeão da Copa Porto 2016 Sub15.

"Ficamos felizes e orgulhosos em ver que os nossos jovens atletas podem participar de eventos iguais a este em Caruaru, dando aos mesmos a oportunidade de serem valorizados e, sobretudo, acreditar em seus sonhos", afirma o coordenador Pedagógico da ACSB, Marcelo Francisco.

A Luck Receptivo foi a responsável pelo traslado dos nossos jovens atletas ao evento.

Foi uma grande festa a participação dos alunos do Projeto Craque Só de bola - Ipojuca na Copa Porto de Futebol de Base, em Caruaru. Agradecemos a Luck Receptivo, na pessoa do Sr. Gustavo Luck, a Deoclécio Lira, a Rui Xavier, Jael Silva e Claudio Pinheiro, bem como a Marcos Francisco, Cláudio Filipe e ao Ipojuca Atlético Clube pelo apoio e incentivo. Agradecemos a todos!

DESAFIOS

 Desde quando iniciamos a ACSB e 2008, sabíamos que não seria fácil colocar em prática as atividades esportivas que, na época (2008) tinha c...