terça-feira, 10 de julho de 2012

INFÂNCIA PERDIDA


Quando temos filhos pensamos em vê-los estudando, tendo uma profissão e criar a sua própria família. Vemos os nossos filhos crescerem em um mundo onde está cada vez mais difícil pensarmos assim. O mundo em que nossas crianças nasceram mudou (e muito). Em certas áreas, mudou para melhor. Como é o caso da tecnologia, as descobertas e grandes invenções que mudaram a nossa maneira de viver.

Por outro lado, algumas áreas, como a social, por exemplo, vem tendo grandes dificuldades. A partir do momento em que se cresce tecnologicamente, economicamente, tende-se a crescer os problemas sociais, como: habitação, violência e drogas. Nesse contexto, as famílias menos preparadas para essas mudanças acabam criando um ambiante familiar diferente da convencional, ou seja, pais que não têm instrução (estudo) capaz de dar aos seus filhos condições de estudar em uma boa faculdade, por exemplo, não podem (ou não conseguem) incentivar esses filhos a ter uma perspectiva educacional forte.

Nossos filhos crescem vendo e se acostumando com a violência, convivem com dependentes de drogas, mesmo que eles (as crianças) não consumam. Mas tarde é influenciada a usar algum tipo de drogas lícita ou ilícita.

Os grandes ídolos dos nossos filhos são lutadores do UFC/MMA, os bad boy da luta livre ou cantores que falam abertamente que são usuários de drogas, como o cantor americano SNEPY DOG ou a banda brasileira, RACIONAIS MC.

São essas influencias que os nossos filhos acabam tendo, mesmo sem o nosso consentimento. O que fazer?


As crianças passam por vários problemas sociais, como: abandono, drogas, trabalho infantil, exploração sexual, violência doméstica, etc. Esses problemas são de ordem social e que devem ser resolvidos primeiramente através dos seus responsáveis: seus pais (família).

Muitos afirmas que a personalidade positiva ou negativa de uma criança é moldada a partir de uma base: a família. Essa base será o porto seguro da criança, é ela que transmitirá os primeiros gestos de carinho, afeição, amor.

A família, mesmo que com poucos condições financeiras, não pode deixar de ter uma ferramenta básica dentro de casa: o amor. Com essa ferramenta, pode-se ouvir e ser ouvido. A criança sente a necessidade de atenção e de carinho. Ao mesmo tempo que a criança busca essa atenção, busca também respeito, mesmo que inconscientemente, para que ela possa se sentir valorizada. Quando a família não valoriza a criança, há quem valorize. Geralmente pessoas que não têm nenhum contato familiar: traficantes, dependentes de drogas, ladrões.


A droga é a grande preocupação dos pais responsáveis. Ela (a droga) está em todos os lugares: em casa, escola, na rua, no trabalho. Está cada vez mais difícil de proteger nossos filhos deste grande mal. Acontece é que nós esquecemos de dialogar com os nossos filhos em casa. Quer um exemplo? A noite, em vez da família se reunir na mesa de jantar para discutirem o dia, o filho vai para a frente da televisão, a mãe já tinha jantado e foi assistir a novela e o pai, quando chega do trabalho, janta sozinho.

O diálogo é importante para que haja uma conscientização da criança diante dos muitos problemas sociais que a família tanto se preocupa. Pode-se buscar informar a criança e o adolescente sobre o sexo seguro, sobre as drogas, a violência e a importância de se ter uma profissão. Tudo para que a criança possa entender o que é bom ou ruim em sua vida.

Existem hoje crianças que estão desenvolvendo sua área física muito cedo. Meninos de 10 e 11 anos que já podem ser pais e meninas, na mesma faixa etária, tendem a ser mães. Criança cuidando de outra criança.

É importante que tudo seja explicado a criança. Ela precisa entender tudo o que está ao seu redor. Precisa entender que na vida há o tempo para tudo, o tempo de estudar, de namorar, de trabalhar e de casar. 

A criança precisa entender que ainda é uma criança e que precisa passar pelas fases inerentes a sua idade, para que no futuro possa ser um adulto que possa dizer que teve uma infância normal.

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